quinta-feira, 28 de julho de 2011

Pranayama por BKS Iyengar

Escolhi dois trechos do capítulo do livro "Luz na vida" onde o mestre Iyengar fala sobre pranayama.
No meu julgamento, acredito que esses trechos trarão inspiração e esclarecimento.
Boa leitura!
Boa prática!

"Só iniciei a prática do pranayama em 1944, quando fazia vários anos que ensinava yogasana. Talvez seja um alívio para você saber que, por pior que seja o seu pranayama, dificilmente será pior que o meu nos primeiros anos. Acordava às quatro da manhã e tomava café com minha esposa. Geralmente, acabava voltando para a cama. Quando não, depois de três ou quatro minutos, começava a arfar e tinha de parar. A capacidade dos meus pulmões ainda afetada em virtude da tuberculose na infância; além disso, eu sempre exigia demais de mim nas extensões de coluna. Ganhara flexibilidade com elas, mas não resistência. Por alguma razão eu perseverava, apesar do meu peito retesado e das dores musculares. Mesmo com as costas apoiadas na parede, minha respiração era pesada e difícil. Aos poucos comecei a perceber que, enquanto as extensões fortaleciam os músculos internos da coluna, as flexões para a frente desenvolviam meus músculos externos. Passei então a fazê-las, medindo o tempo para ganhar resistência. A dor era intensa, como se um malho atingisse minhas costas, e a sensibilidade persistia por horas depois disso. Concentrei-me também nas torções, para construir os músculos laterais. Tudo isso era muito frustrante, e, ainda que evitasse o abatimento que pode resultar da prática, eu me sentia terrivelmente inquieto. Não se pode fazer pranayama com a mente agitada. às vezes, sentia-me renovado; outras desalentado e tenso, já que nunca conseguia relaxar o cérebro na inspiração nem entender a necessária arte do controle do processo de expiração. A tenacidade consiste em sustentar a postura do pranayama de modo a permitir flexibilidade interna e evitar que o movimento do ar perturbe a postura. Felizmente, eu sabia manter a coragem e a determinação diante de sucessivos fracassos."

"O pranayama não é a respiração normal - nem simplesmente a respiração profunda. É a técnica de gerar energia vital pela fusão e dois elementos antagônicos: fogo e água. O fogo é o atributo da mente, e a água, o elemnto que corresponde ao corpo fisiológico. A água apaga o fogo, e este evapora a água; não é fácil, portanto combiná-los. O ar que corre pelos pulmões é o que gera a corrente dinâmica que funde água e fogo e produz um fluxo energético de prana. Este se espalha pelo sistema nervoso e pela corrente sanguínea e assim se distribui pelo corpo, rejuvenescendo cada célula. O elemento terra que compõe o corpo, fornece o local físico para a produção de energia, e o quinto e mais sutil elemento, o espaço ou éter, oferece o meio necessário para a sua distribuição. A necessidade de um espaço harmonioso e simétrico explica a importância da coluna - pilar central do sistema nervoso - e sua musculatura de sustentação. Ao erguer e separar as 33 articulações da coluna vertebral e abrir as costelas como as garras de um tigre, aprofundamos e prolongamos a respiração."

Céu azul

domingo, 24 de julho de 2011

Máscaras

Parei em frente ao espelho e me vi. 
Não sei dizer se gostava do que via mas isso não era importante. 
Ali, de frente pra mim, máscaras sem fim.
Tirei uma máscara e encontrei outra.
Por trás dessa outra... outra e mais outra. 
E outra, outra e outra...
Tirando todas as máscaras, o que restará?
Livrai-me de todas as máscaras.
Livrai-me de todas as máscaras.




terça-feira, 19 de julho de 2011

Lavanda


Lavanda
Lava Anda
Lava'lma
Alma Lavada
Eleva Alma

Dharma

Sobre Dharma por BKS Iyengar

Dharma = religião, lei, mérito, justiça, boas obras, a natureza essencial de uma coisa: o código de conduta que sustenta a alma e produz virtude, moralidade. Aquilo que se sustenta, contém e apóia.

O Dharma diz respeito à busca de princípios éticos permanentes, ao cultivo do comportamento correto nas dimensões físicas, moral, mental, psicológica e espiritual.

Tal comportamento deve estar associado ao crescimento do indivíduo que tem a meta de alcançar a Alma. Se não for assim, se ele for limitado ou distorcido pelo viés cultural, então não corresponde ao dharma

Lembro que quando começei  a meditar e a estudar  querendo  entender um pouco sobre a filosofia do yoga ouvia muito a palavra Dharma.
Me encantei pela definição de Shrii Shrii Anandamurti que gosto de resumir assim: como a natureza do fogo é queimar, a da água é molhar, a natureza do ser humano é ser feliz.

Aos poucos fui entendendo que essa felicidade não é um estado de euforia nem vem de influências externas.
Quando começei a dar aulas de yoga percebi a felicidade.
Ela vinha de um estado de paz interno que se estabelecia quando meu coração tocava o coração das pessoas.
Foi quando percebi que podia levar benefício ao próximo através dessa maravilhosa e completa ciência chamada yoga.
É assim.
Bem, daí por diante muitas outras coisas aconteceram.
Aos poucos vou compartilhando.
Namaskar!