Difícil é ficar só com o essencial.
Difícil é aceitar que todos são como são com tantos embotamentos em mim.
Difícil é ficar só com o essencial.
Difícil é me manter conectada na força pacífica e amorosa com tantos desejos, indo e vindo sem pedir licença.
Difícil é não sucumbir às dores, às maluquices. Minhas e dos outros.
Às vezes é tanta maluquice que a gente nem sabe onde começou e quando chegará o fim. Se chegar.
Na estante, lindas caixinhas a enfeitá-la. Cada caixinha, um amor, seja ele qual for. Só o amor.
Esqueço todos os padrões, todas as dores, todos os medos, toda a maldade em cada um de nós.
Tudo isso existe sim. O bem e o mal, multifacetas do manifesto. Sabedoria para percebê-las e aceitá-las . Sendo em condição de humano, a beleza é trespassar.
Mas vamos deixar na caixinha, só o amor. Imutável amor.
Porque hei de lembrar de ti ainda muitas vezes nesta vida. E todas ás vezes que lembrar vou te despir da arrogância, da prepotência e do medo. Porque fotografei tua alma e pu-la em meu coração.
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Revoada por Gustavo Peres |
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